ACCS - Associação Catarinense de Criadores de Suínos

Notícias


Pecuaristas devem se preocupar com efeitos do coronavírus no mercado?

Especialistas falam como o anúncio de férias coletivas em frigorífico e o cancelamento de compras da Europa afetam o setor

18/03/2020 às 08h51


Frigoríficos brasileiros estão em estado de alerta com a pandemia do novo coronavírus que, além de afetar o nosso país, reduziu drasticamente as exportações de produtos para grandes clientes, como a China.
 
Nesta terça-feira, 17, a Minerva Foods, uma das líderes na América do Sul na produção e comercialização de carne in natura anunciou férias coletivas em meio aos efeitos do coronavírus. A empresa informou que, a partir do dia 23 de março, as férias começam para fornecedores das unidades de Janaúba (MG), José Bonifácio (SP), Mirassol d’Oeste (MT) e Paranatinga (MT).
 
A JBS informou que está monitorando os reflexos do mercado em relação ao Covid-19 e que estuda a implantação de férias coletivas em algumas unidades de processamento de bovinos do Brasil.
 
A Marfrig comunicou que não tem posicionamento oficial e que as operações seguem normalmente. A Frigol também não se manifestou sobre paralisações e disse que as operações seguem normalmente.
 
Cancelamentos
 
A Europa está cancelando pedidos de compra de carne brasileira por conta da expansão do coronavírus. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o receio dos frigoríficos está no desaquecimento da demanda interna e externa. Com isso, eles adotam medidas para reduzir ofertas e manter o preços.
 
“Como esperado, o mercado financeiro mundial em pânico acabou influenciando o mercado agropecuário. A Europa está fechada, há um estrangulamento logístico na Europa e na China, e o mercado tem precificado essa situação”, disse.
 
Para o analista, o anúncio de férias coletivas é reação “de um mercado extremamente desnorteado” e a tendência é de que os frigoríficos sigam exercendo pressão, ao menos em curto prazo.
 
Impactos
 
Sobre os impactos, Fernando Iglesias diz que ainda é cedo para avaliar. “Mas, se pararmos para pensar no que os frigoríficos já perderam em valor de mercado, com a queda das bolsas, já é algo substancial. Em relação às exportações, os números do primeiro bimestre é satisfatório, mas já se percebe uma desaceleração”, disse.
 
Para ele, o mercado trabalha para se proteger de uma queda no volume de embarque e até na restrição de uma demanda doméstica, caso ocorra algum bloqueio no Brasil.
 
Novos cancelamentos?
 
A expectativa agora é da reação de outros mercados, que poderiam seguir a Europa e cancelar compras do Brasil. Para o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Camardelli, no entanto, a preocupação ainda é com os europeus.
 
“Países com potencial de turismo tiveram a proibição de circulação, como Itália e França, o que praticamente inviabiliza esse consumo. Lembrando que a Europa é o principal destino de cortes mais nobres. Paralelo a isso temos, temos uma retomada em relação à China, mas ao mesmo tempo, nos deparamos com problemas naturais de congestionamento, como falta de contêineres”, avaliou.
 
Números favoráveis até agora
 

O Canal Rural também conversou com o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, que avaliou os números do Brasil no primeiro bimestre e nos dez primeiros dias de março.
 
“As exportações nos 10 primeiros dias úteis do mês acenam para uma exportação de suínos maior do que 65 mil toneladas para o mês de março, uma média de 3 mil toneladas exportadas diariamente. No caso das exportações de aves, temos uma média superior a 15 mil toneladas nos 10 primeiros dias úteis de março, o que acena para quase 350 mil toneladas no mês, o que é muito positivo”, contou.
 
Segundo ele, permanecendo constante e mantida as condições atuais com as exportações chegando aos portos, o mês fechará positivo.

Fonte: Canal Rural



SEJA O PRIMEIRO A COMENTAR


* Fique tranquilo que ele não será exibido junto ao comentário.







Veja Também









Parceiros

EQUITTEC
(54) 3442-5666
SICOOB CREDIAUC
49 34411300
TOPGEN
(43) 3535-1432
DB GENÉTICA SUÍNA
(34) 3818-2500
MAGNANI - IMPLEMENTOS PARA SUINOCULTURA
49 3452 2266
AGROCERES PIC - GENÉTICA DE SUÍNOS
(19) 3526-8580
Sky Sollaris
(49) 3442-0072
(49) 99912-8000
G&S AGRO INFORMÁTICA
49 3566-4381
COASC
49 3442 6158
49 8835 0275
PROTEC SAÚDE ANIMAL
(54) 98111-7825
(54) 99967-6510

Newsletter

Fique por dentro das novidades.

Novidades no Whatsapp