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Artigo - O futuro em perigo

Por Neivor Canton, presidente da Aurora Coop e vice-presidente para assuntos do agronegócio da Federação das Indústrias de SC

20/10/2023 às 10h37


Santa Catarina enfrenta uma questão vital e altamente relevante para o seu futuro. Contudo, este tema ainda não figura nas prioridades do governo, nem está presente no cotidiano da sociedade. Uma combinação de incompreensão e desconhecimento relega este assunto ao esquecimento, mesmo sendo fundamental para empresários, investidores, gestores públicos e planejadores. O tema em questão é a necessidade de um modal ferroviário para sustentar o desenvolvimento econômico, principalmente o extenso complexo agroindustrial catarinense, que ultrapassa as fronteiras estaduais e é crucial para o futuro do Sul do Brasil.
 
A indústria de processamento de carnes, majoritariamente situada no oeste catarinense, enfrenta o desafio de adquirir anualmente, do exterior ou do centro-oeste nacional, as 6 milhões de toneladas de grãos necessárias para alimentar os grandes rebanhos de aves e suínos. Atualmente, a maioria destes grãos vem de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, transportados por rodovias. Esta logística resulta em mais de 100.000 viagens por ano, acarretando elevados custos econômicos, humanos e ambientais.
 
A solução reside na construção de uma ferrovia ligando o oeste catarinense ao centro-oeste brasileiro, integrando-se ao trecho já existente da empresa paranaense Ferroeste. A prioridade é a construção do trecho Chapecó-Cascavel, conectando os principais municípios do oeste catarinense e paranaense. Um grupo de oito entidades empresariais patrocinou um estudo que comprova a viabilidade do projeto. Paralelamente, a Ferroeste busca recursos para o segmento Cascavel-Maracaju (MS), criando o tão desejado corredor do milho.
 
Além da linha férrea norte-sul, o setor produtivo ressalta a importância de uma ferrovia em território catarinense ligando o oeste ao litoral. A boa notícia é que o Governo de Santa Catarina já contratou a elaboração do projeto para o trecho Correia Pinto-Chapecó.
 
Ambos os projetos são complementares e fundamentais para a região. Depois de décadas de discussões infrutíferas, há agora um movimento concreto e consistente. Um Grupo de Trabalho (GT) composto por entidades empresariais atua em três frentes para concretizar estes projetos ferroviários.
 
Este GT busca agilizar procedimentos licitatórios junto ao setor público federal. Ao mesmo tempo, incentiva a formação de consórcios empresariais, nacionais e internacionais, para participarem das licitações. Esta estratégia é crucial, dado que o Estado brasileiro não tem condições de executar tais obras por conta própria, tornando-se essencial atrair capital estrangeiro.
 
A terceira frente do GT visa convencer a Administração Pública da vital importância destes projetos, enquanto também promove uma conscientização robusta junto ao empresariado e à sociedade.
 
Apesar das resistências, é fundamental compreender que, sem ferrovias, as agroindústrias, para manterem a competitividade, poderão se mudar integralmente para o centro-oeste brasileiro no prazo de uma década. Esta mudança, de fato, esvaziaria os portos catarinenses.



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