O Brasil tem os menores custos de produção de suínos em comparação com 17 países produtores relevantes. Essa é a conclusão de um relatório da InterPig, que inclui instituições da Europa, América do Norte e América do Sul.
Segundo o estudo, os estados brasileiros de Mato Grosso e Santa Catarina lideram com custos de US$ 1,13 e US$ 1,28 por kg de suíno vivo. Os Estados Unidos seguem com US$ 1,42/kg vivo, seguidos por Dinamarca (US$ 1,49), Espanha (US$ 1,66), Holanda (US$ 1,74) e Alemanha (US$ 1,83) completam o top-6.
Aumento de custos 2022
Os custos globais da produção suína aumentaram significativamente em 2022. No caso do Brasil, os custos subiram entre 10% e 12% em comparação com 2021. O Grupo de Comparação de Custos de Produção na Suinocultura (rede InterPig) reúne instituições de 17 suínos. -países produtores, incluindo o Brasil, que é representado pela Embrapa Suínos e Aves.
A média para os países que fazem parte da rede InterPig é de US$ 1,72 por kg vivo. A InterPig envolve instituições de 14 países europeus (Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Reino Unido, República Checa e Suécia), 2 países norte-americanos (Canadá e Estados Unidos) e Brasil, com estimativas para Mato Grosso, na região Centro-Oeste do país, e Santa Catarina, na região Sul.
Preços mais baixos pagos aos suinicultores
Contudo, quando vistos em termos de preços de mercado, os preços mais baixos recebidos por kg vivo também podem ser encontrados no Brasil, ou seja, US$ 1,06 em Mato Grosso e US$ 1,10 em Santa Catarina. Para efeito de comparação: a média nos Estados Unidos é de US$ 1,58 por kg vivo.
“O principal objetivo desta publicação é levar informações aos agentes da cadeia produtiva do Brasil sobre o grau de competitividade de seus principais concorrentes”, comentou Marcelo Miele, pesquisador em socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves de Santa Catarina.
Ele destacou que todos os países apresentaram aumento significativo nos custos de produção em 2022 e que os preços recebidos pelos suínos também aumentaram, porém, na maioria dos países a variação foi inferior aos custos, gerando perdas na suinocultura. Os EUA são uma exceção.
Altos preços do milho e do farelo de soja
O pesquisador explicou que o aumento geral dos custos de produção em 2022 ocorreu principalmente por conta dos preços do milho e do farelo de soja. Os factores de produção de alimentação animal foram afectados por acontecimentos climáticos e geopolíticos, como a guerra na Ucrânia. Isto tornou os fertilizantes mais caros e reduziu a oferta global de grãos. Miele: “Além disso, destacam-se também a inflação global nos preços (eletricidade, vacinas e medicamentos e construção), a remuneração do trabalho e seu impacto nas taxas de juros.”
Salários e alimentação
Vale destacar também a menor remuneração da mão de obra e o menor custo das instalações. No caso dos salários, o Brasil apresenta níveis muito inferiores aos praticados no exterior. Trabalhar 1 hora no Brasil foi recompensado com cerca de US$ 3, enquanto em um concorrente importante como a Espanha custa US$ 16,29.
O custo da alimentação animal, porém, foi o principal determinante. A suinocultura mato-grossense apresentou os menores custos com alimentação nesta comparação. Naquele estado, foram gastos em média US$ 0,87 para produzir um kg de suíno vivo, dada a baixa conversão alimentar e os preços mais baixos da ração. Em Santa Catarina, esse valor ficou em torno de US$ 1,02. Merecem destaque a Dinamarca e os Estados Unidos, com custo de US$ 0,96 e US$ 1,03 por kg de animal vivo, respectivamente.
Expansão das exportações de carne suína
O quadro geral em 2023 é de queda nos preços dos alimentos para animais e estabilidade nos outros preços, mas em níveis elevados, exceto por um certo alívio na eletricidade e um aumento nos salários. Os preços recebidos por kg de porco vivo também mostram uma tendência de recuperação na maioria dos países. Por isso, o pesquisador aponta a perspectiva de ampliar as oportunidades para as exportações brasileiras no próximo ano. “Hoje [essas exportações] ocupam o quarto lugar no mercado internacional de carne suína, mas poderão ocupar o terceiro lugar se os embarques do Brasil superarem os do Canadá. Se isso se refletir nos preços recebidos pelos produtores, haverá um impacto positivo nas margens de lucro”, afirmou Miele.
Os principais fatores que explicam os custos mais baixos do Brasil em relação a esses países, segundo ele, estão relacionados à eficiência da produção e aos preços. O país tem apresentado coeficientes zootécnicos competitivos, resultado da aplicação de tecnologia e saúde do rebanho por meio de investimentos em biossegurança agrícola.
Segundo o estudo, os estados brasileiros de Mato Grosso e Santa Catarina lideram com custos de US$ 1,13 e US$ 1,28 por kg de suíno vivo. Os Estados Unidos seguem com US$ 1,42/kg vivo, seguidos por Dinamarca (US$ 1,49), Espanha (US$ 1,66), Holanda (US$ 1,74) e Alemanha (US$ 1,83) completam o top-6.
Aumento de custos 2022
Os custos globais da produção suína aumentaram significativamente em 2022. No caso do Brasil, os custos subiram entre 10% e 12% em comparação com 2021. O Grupo de Comparação de Custos de Produção na Suinocultura (rede InterPig) reúne instituições de 17 suínos. -países produtores, incluindo o Brasil, que é representado pela Embrapa Suínos e Aves.
A média para os países que fazem parte da rede InterPig é de US$ 1,72 por kg vivo. A InterPig envolve instituições de 14 países europeus (Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Reino Unido, República Checa e Suécia), 2 países norte-americanos (Canadá e Estados Unidos) e Brasil, com estimativas para Mato Grosso, na região Centro-Oeste do país, e Santa Catarina, na região Sul.
Preços mais baixos pagos aos suinicultores
Contudo, quando vistos em termos de preços de mercado, os preços mais baixos recebidos por kg vivo também podem ser encontrados no Brasil, ou seja, US$ 1,06 em Mato Grosso e US$ 1,10 em Santa Catarina. Para efeito de comparação: a média nos Estados Unidos é de US$ 1,58 por kg vivo.
“O principal objetivo desta publicação é levar informações aos agentes da cadeia produtiva do Brasil sobre o grau de competitividade de seus principais concorrentes”, comentou Marcelo Miele, pesquisador em socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves de Santa Catarina.
Ele destacou que todos os países apresentaram aumento significativo nos custos de produção em 2022 e que os preços recebidos pelos suínos também aumentaram, porém, na maioria dos países a variação foi inferior aos custos, gerando perdas na suinocultura. Os EUA são uma exceção.
Altos preços do milho e do farelo de soja
O pesquisador explicou que o aumento geral dos custos de produção em 2022 ocorreu principalmente por conta dos preços do milho e do farelo de soja. Os factores de produção de alimentação animal foram afectados por acontecimentos climáticos e geopolíticos, como a guerra na Ucrânia. Isto tornou os fertilizantes mais caros e reduziu a oferta global de grãos. Miele: “Além disso, destacam-se também a inflação global nos preços (eletricidade, vacinas e medicamentos e construção), a remuneração do trabalho e seu impacto nas taxas de juros.”
Salários e alimentação
Vale destacar também a menor remuneração da mão de obra e o menor custo das instalações. No caso dos salários, o Brasil apresenta níveis muito inferiores aos praticados no exterior. Trabalhar 1 hora no Brasil foi recompensado com cerca de US$ 3, enquanto em um concorrente importante como a Espanha custa US$ 16,29.
O custo da alimentação animal, porém, foi o principal determinante. A suinocultura mato-grossense apresentou os menores custos com alimentação nesta comparação. Naquele estado, foram gastos em média US$ 0,87 para produzir um kg de suíno vivo, dada a baixa conversão alimentar e os preços mais baixos da ração. Em Santa Catarina, esse valor ficou em torno de US$ 1,02. Merecem destaque a Dinamarca e os Estados Unidos, com custo de US$ 0,96 e US$ 1,03 por kg de animal vivo, respectivamente.
Expansão das exportações de carne suína
O quadro geral em 2023 é de queda nos preços dos alimentos para animais e estabilidade nos outros preços, mas em níveis elevados, exceto por um certo alívio na eletricidade e um aumento nos salários. Os preços recebidos por kg de porco vivo também mostram uma tendência de recuperação na maioria dos países. Por isso, o pesquisador aponta a perspectiva de ampliar as oportunidades para as exportações brasileiras no próximo ano. “Hoje [essas exportações] ocupam o quarto lugar no mercado internacional de carne suína, mas poderão ocupar o terceiro lugar se os embarques do Brasil superarem os do Canadá. Se isso se refletir nos preços recebidos pelos produtores, haverá um impacto positivo nas margens de lucro”, afirmou Miele.
Os principais fatores que explicam os custos mais baixos do Brasil em relação a esses países, segundo ele, estão relacionados à eficiência da produção e aos preços. O país tem apresentado coeficientes zootécnicos competitivos, resultado da aplicação de tecnologia e saúde do rebanho por meio de investimentos em biossegurança agrícola.